Manaus – Artesãos e empreendedores receberam notificação extrajudicial do Vitória após usar símbolos do clube de futebol em produtos como caixinhas de papelão, decoração para topo de bolo, biquíni, caneca, chaveiro e colete junino. As informações são do Metropóles.
De acordo com o site, o time derrubou perfis nas redes sociais e cobrou entre R$ 1,4 mil e R$ 1,6 mil no acordo oferecido para retirar a denúncia.
Um dos alvos é a artesã Lucilene Soares de Souza, que vendeu caixinhas de papelão e topo de bolo com escudo e o mascote para um aniversário que teve o clube de futebol como o tema. A encomenda foi feita por um torcedor do time. O topo de bolo custa de R$ 20 a R$ 25 e a caixinha é vendida por R$ 5,50.
O acordo proposto pela No Fake, empresa que representa o Vitória, prevê que Lucilene reconheça a comercialização de produtos falsificados, se comprometa a não vendê-los mais e pague R$ 1,6 mil.
A artesã Luane Rodopiano relatou, nas redes sociais, que teve a conta no Instagram bloqueada após fazer uma boneca de pano, a pedido de uma criança, com o escudo do Vitória. “Dói demais ser torcedora do Vitória e ter que passar por isso. Eu só quis fazer homenagem ao meu time que aprendi a amar”, lamentou.
“Peço ajuda do Vitória, pois a No Fake disse que só iria tirar a queixa do Instagram se eu pagasse os R$ 1,5 mil. Perdi 1.500 seguidores e contatos com meus clientes”, comentou Luane em uma publicação do Vitória.
O time de futebol afirmou, em nota divulgada nas redes sociais, que as recentes notificações da No Fake “são feitas para empresas, não pessoas físicas”.
Após repercussão negativa das cobranças, segundo o time, “há um novo alinhamento entre o clube e a NoFake, de direcionar as forças para grandes empresas, as pequenas, como o caso em questão, serão notificadas, sem a cobrança inicial de multa, que acontecerá caso a empresa permaneça comercializando a marca”.
Fontes www.D24am.com.br