PC traça ordem cronológica do uso de Ketamina no caso Djidja Cardoso

Manaus – A Polícia Civil do Estado do Amazonas (PC-AM), traçou uma ordem cronólogica, nesta segunda-feira (10) sobre o ‘caso Djidja Cardoso’ e a seita Pai, Mãe, Vida que faziam uso da substância Ketamina. Cleusimar, mãe de Djidja, pretendia abrir uma clínica veterinária para facilitar o acesso e compra ao medicamento. Mais cinco pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na distribuição da substância de maneira ilegal.

De acordo com as investigações, uma alteração foi feita na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), do registro empresarial da rede de salão de beleza.

“Em conversas mantidas entre a Cleusimar e outras pessoas que a gente conseguiu identificar davam conta de que ela pretendia abrir uma clínica veterinária para facilitar o acesso e compra a esse tipo de medicação controlada”, detalhou Cícero Túlio.

Ainda segundo Cícero Túlio, a polícia traçou uma ordem cronológica do crime.

“Pela ordem cronologica dos fatos, inicialmente o Ademar teve contato com vários tipos de material entorpecentes, tanto ele quanto os familiares. Posteriormente, ele foi encaminhado para Londres para se ‘especializar’. Chegou lá, teve acesso a Ketamina e, retorna para Manaus. Quando chega em Manaus, conhece um casal de pessoas que acaba apresentando a Ketamina na forma em pó. Posteriormente, eles passam a fazer uma espécie de experiência a fim de identificar qual a melhor forma de utilização da Ketamina para fins de render mais aplicações e consumo. E aí chega-se a forma subcutânea, passam a utilizar essa medicação e, a partir de dado momento, a própria Cleusimar encontra ali a questão das Cartas de Cristo.

A partir dos ‘estudos’ com a Carta de Cristo, ele passam a fazer uma espécie de culto com o uso da substância.

“Em relação a esse tipo de obra literária, no nosso entendimento eles acabam fazendo uma interpretação equivocada do que seria essa obra e nesse momento eles acabam cooptando outras pessoas, principalmente funcionários da rede de salões de beleza, onde eles fazem parte. Chega-se um momento em que eles começam a ter dificuldade para comprar a medicação”, disse Cícero.

Cícero Túlio explica ainda que a família Cardoso, por intermédio de Bruno chegam ao coach Hatus e veem nessa relação a oportunidade de fazer um ‘link’ entre o coach e as clínicas veterinárias.

“O Bruno acaba tendo acesso ao Hatus haja vista que tinha conhecimento acerca da situação de fisiculturismo, uma vez que ele já havia sido acompanhado pelo Hatus e eles veem nessa relação a oportunidade de fazer um ‘link’ entre o Hatus e as empresas veterinárias para a fim de conseguir esse material com maior facilidade. E aí nesse aspecto é que todos eles acabam se vinculando, adentrando nessa seita religiosa e facilitando o acesso a clínica Max Fetch e outras clínicas veterinárias para a compra desse material todo dia”.

As investigações também indicaram que os funcionários da clínica estavam agindo para ocultar e destruir provas, com o intuito de prejudicar a investigação.

Durante a análise preliminar da quebra de dados telemáticos, os investigadores descobriram que Hatus era responsável por prescrever um protocolo e suplementação, incluindo as substâncias potenay ketamina/cetamina, e que ele se associou à seita junto com Bruno, auxiliando a família no uso e fornecimento dos medicamentos.

Na tarde de sexta-feira, além das cinco prisões, foram realizadas buscas em dois pet shops vinculados a José, onde foram apreendidas dezenas das substâncias objeto da investigação. Esses estabelecimentos não possuíam
autorização para comercializar esses produtos.

Durante a 2ª fase da Operação  Mandrágora, José Máximo Silva de Oliveira, 45, proprietário da clínica veterinária, dois funcionários identificados como Emicley e Sávio. Além de Bruno Roberto, ex- namorado de Djidja Cardoso, e Hatus Silveira, personal trainer da família Cardoso.

Segundo o delegado Cícero Túlio, titular do 1° Distrito integrado de Polícia (DIP), inconsistências nos depoimentos de Bruno e Hatus levaram a polícia a solicitar suas prisões.

“Entendemos salutar a representação pela prisão tanto do Bruno quanto do Hatus, haja vista inconsistências que foram identificadas no depoimento deles, quando a gente realizou o confronto com os dados que foram colhidos nos aparelhos telefônicos que já haviam sido apreendidos durante a primeira fase da Operação Mandrágora. Então a gente identificou algumas omissões que eles fizeram, algumas informações inveríticas que nos prestaram, haja vista, como eu disse, o conteúdo existente no telefone, principalmente da Cleusimar. Isso tudo nos indicou a possibilidade de representar pela prisão preventiva e temporária deles, o que foi definido pelo Poder Judiciário”, explicou Cícero.

Fontes www.D24am.com.br

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