Os suspeitos atuavam em financeiras de fachadas, que funcionavam no mesmo local onde a dupla foi presa
Manaus – Operação policial resultou, na última terça-feira (18), nas prisões em flagrante de Arnaldo Breno Barros de Souza, de 20 anos e de Bruno Barros de Souza, de 23, pelos crimes de estelionato e organização criminosa. A prisão foi realizada no Conjunto Vieralves, no bairro Nossa Senhora das Graças.
De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os suspeitos atuavam em financeiras de fachadas, que funcionavam no mesmo local onde a dupla foi presa. No golpe, a dupla oferecia cartas de crédito por meio virtual para às vítimas, e após o acordo ser fechado, os mesmos desapareciam.
De acordo com a investigação, ao menos uma centena de pessoas foram enganadas pelos estelionatários. O delegado Thomaz Vasconcelos revelou que o líder do esquema abria vários CNPJ’s de empresas de fachada, para garantir a atuação do esquema, além de dificultar as investigações. Até mesmo em São Paulo uma empresa foi aberta, sendo descoberta na investigação.
Segundo o delegado, o suspeito já teria sido condenado por crimes de estelionato, mas essa foi a primeira vez que se envolveu como líder do esquema. Além da dupla, consultores contratados para realizar a venda das cartas de crédito também serão investigados e podem ser responsabilizados.
Delegada Juliana Tuma e delegado Thomaz Vasconcelos. (Foto: George Dantas/GDC)
As investigações apontaram que os contratantes eram abandonados após pagaram a dupla. “Com a promessa que seriam contemplados após a assinatura do contrato, mediante taxa de adesão, com o mesmo não conseguindo informação nenhuma após a isso”, revelou o delegado.
A operação foi finalizada na terça-feira (18), após denúncias feitas na segunda-feira (17) mostrarem que a dupla ainda estava atuando na prática dos golpes.
“Chegando no escritório onde atuavam, confirmamos alguns CNPJs falsos no local do flagrante, outros espalhados em vários locais de Manaus, com até mesmo os vendedores dos consórcios criando CNPJs falsos, caracterizando um possível esquema de pirâmide. Além disso, eles não tinham autorização do Banco Central para a atuação que faziam”, comentou ele.
Fontes D24am.com