Governo do AM confirma caso de variante da Covid do Reino Unido em Manaus

Trata-se de um morador de São Paulo, de 46 anos, que esteve na capital amazonense para prestar serviços em uma empresa do Polo Industrial.

O Governo do Amazonas anunciou, nesta quinta-feira (13), a confirmação de um caso da variante da Covid do Reino Unido, conhecida como B.1.1.7, em um paciente de Manaus. Trata-se de um morador de São Paulo, de 46 anos, que esteve na capital amazonense para prestar serviços em uma empresa do Polo Industrial.

Equipes de vigilância em saúde realizam investigação e busca ativa no hotel onde ele esteve hospedado. Segundo o governo, ele não foi vacinado contra Covid e não possui comorbidades relatadas.

Foi em Manaus que os primeiros casos da variante brasileira do coronavírus foram confirmados, em janeiro deste ano.

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) notificou o caso da variante do Reino Unido para o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) nacional.

No dia 24 de abril, o homem foi atendido em uma unidade da rede pública de saúde, na região centro-oeste de Manaus. Durante o atendimento, foram coletadas amostras para diagnóstico por meio de exame RT-PCR, com resultado detectável para Covid-19.

Na unidade de saúde, o homem relatou que os sintomas iniciaram em 22 de abril e que manteve atividades laborais até receber o resultado do exame.https://becde3af8d3164b69a8522266d3912d5.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A equipe de investigação epidemiológica da FVS-AM identificou que o paciente esteve em atividade de pesca esportiva durante estadia em Manaus, e permanece em investigação para identificar o local ou data que o homem realizou a atividade.

Com o diagnóstico, o homem retornou para o hotel onde estava hospedado, afastando-se das atividades profissionais e retornando para São Paulo em 10 de maio. A equipe da FVS-AM, responsável pela investigação do caso, buscou novo contato com o paciente para monitoramento.

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Perfil da variante

A variante B.1.1.7 foi detectada no Reino Unido em setembro de 2020, e desde então já foi encontrada em mais de 100 países. Ela tem 23 mutações em seu código genético – um número relativamente alto de alterações –, e algumas destas a tornaram muito mais capaz de se disseminar.

Cientistas britânicos dizem que ela é entre 40% e 70% mais transmissível do que variantes do coronavírus em circulação que antes predominavam.

Monitoramento em Manaus

Nesta quinta-feira (13), a equipe de FVS-AM continua realizando investigação e busca ativa no hotel no qual o profissional esteve hospedado em Manaus, dando continuidade à investigação do relato de atividade de pesca esportiva.

Foram coletadas 12 amostras de secreção de nasofaringe para diagnóstico, por meio de exame RT-PCR, de contatos próximos ao paciente. As amostras foram encaminhadas à Fundação Oswaldo Cruz: Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia).

A investigação epidemiológica constatou que nenhum profissional da empresa, que o paciente entrou em contato durante o serviço, apresentou sintomas gripais no período no qual o profissional esteve na empresa. Não foi constatado, ainda, afastamento de profissionais no período de 10 de abril até esta quinta-feira (13).

Ainda entre as ações, foram realizadas orientações para a empresa quanto à adoção de protocolos para testagem dos profissionais terceirizados vindos de outros estados, em 48 horas antes de se apresentarem na empresa. Além disso, foi reforçada a importância do uso de máscara, distanciamento social, higiene das mãos e afastamento em caso de sintomas gripais.

Fontes G1amazonas.com

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