‘Quem não deve não teme’, diz Mourão sobre chance de uma nova CPI

O presidente em exercício,General Hamilton Mourão, ao sair de seu gabinete no Palácio do Planalto.

Vice-presidente afirma confiar em base de apoio para impedir nova comissão de inquérito que investigaria liberação de emendas

São Paulo – O vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira (11) de manhã que o governo não teme uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigaria denúncia de orçamento paralelo para liberação de emendas no valor de R$ 3 bilhões.

Conforme divulgado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” neste semana, valor teria sido liberado para uma lista de deputados que apoiam Jair Bolsonaro e enviado para prefeituras adquirirem  máquinas agrícolas. O Planalto nega qualquer irregularidade.

Vice-presidente afirma confiar em base de apoio para impedir nova comissão de inquérito que investigaria liberação de emendas (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Questionado se o governo confia em sua base de apoio para barrar uma nova comissão, já que a CPI da Covid no Senado vem desgastando e atrasando o andamento de projetos prioritários, como as reformas econômicas, Mourão disse que “quem não deve não teme”.

“Esse trabalho (de articulação com o Congresso) foi feito com orientação do presidente Bolsonaro. O trabalho feito então pelo ministro (Luiz Eduardo) Ramos, agora na mão da Flávia Arruda (ministra-chefe da Secretaria de Governo). Outros Ministros também tiveram participação nisso, esse pacote de relacionamento executivo/legislativo, num presidencialismo de coalizão como o nosso com o congresso fragmentado é assim que ele funciona”, afirmou.

“Teoria do puxa encolhe, vai para lá, vem para cá. É assim que funciona. Não digo questão de barrar, quem não deve não teme. O problema de CPI é mais a turbulência política que causa e muita gente que aproveita esse momento para ressuscitar e mostrar a seus leitores: ‘Oh, gente, tô vivo aqui. Tem eleição ano que vem, me reeleja’”, completou.

Mourão evitou detalhar a denúncia e destacou que a pressão para liberação do orçamento para emendas parlamentares se acentuou nos últimos anos. “Que se esclareça a situação aí, se está dentro da legalidade, dentro dos princípios da… Eu tenho visto algumas reclamações: a falta de publicidade que traduz em transparência. Que se esclareça a situação. A questão de emenda sempre houve e, de uns três anos para cá, o Legislativo se apossou disso aí. Essa é uma realidade.”

Sobre o depoimento na manhã de hoje do diretor-presidente da Anvisa, almirante Antonio Barra Torres, Mourão disse confiar em seu desempenho frente aos membros da CPI.

“O almirante é um homem técnico. É um médico, tenho tranquilidade aí no depoimento dele. Ele vai colocar aquilo que ele tem feito e a Anvisa, na minha avaliação, tem feito um trabalho excelente na defesa da saúde e da população buscando colocar à disposição aquelas vacinas que são comprovadamente eficientes e eficazes.”

Fontes D24am.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

0 Comments
scroll to top