Em sua primeira luta no Ultimate, guianês radicado no Brasil consegue finalização no primeiro round e diz ter aproveitado brechas que enxergava no jogo de Christian Aguilera
A estreia de Carlston Harris, o Moçambique, no Ultimate não poderia ser melhor. O guianês radicado no Brasil liquidou a fatura em apenas 2m52s diante de Christian Aguilera e finalizou com um triângulo de mão no primeiro round na primeira luta do UFC Rodriguez x Waterson, que lhe rendeu o bônus de “Performance da Noite”. O americano chegou a “apagar” com o estrangulamento, e o atleta da RFT disse ter achado que o árbitro central demorou para interromper o confronto.
– Me senti muito bem, muito feliz, minha estreia não podia ser diferente. Estava muito focado e estava confiante. Sei que meu adversário era duro, tinha bom jogo, pressiona os adversários dele, mas tinha muita brecha no jogo dele. Aproveitei pra conseguir a finalização. Eu acho que o cara já tinha “apagado”, até olhei pra ele, falei: “Apagou, apagou”, mas eu não ia soltar até o juiz vir porque não quero fazer duas lutas na mesma noite por erro. Já vi acontecer. Falei: “Vou segurar até o final”. Mas sem maldade. Eles passam instrução no vestiário para só soltar quando o juiz tocar em você. Eu olhei pra ele, falei que apagou, aí ele tocou depois, mas eu acho que demorou um pouco – afirmou, em entrevista ao Combate.com após a luta.
Moçambique agradeceu ao lutador André Chatuba por ter aperfeiçoado seu triângulo de mão, que lhe rendeu a vitória.
– O triângulo de mão, na verdade, eu vim aprender na RFT, mas final de semana ia lá pra academia Caçadores, e Chatuba me ensinou a técnica pra aprimorar essa posição. Desde lá estou aplicando com frequência e com facilidade essa posição.
Moçambique também explicou a bandeira que carregou no octógono, com metade Brasil e metade Guiana e disse não esquecer suas raízes.
– Mandei fazer as bandeiras porque eu nasci guianês, mas tudo que aprendi sobre luta é no Brasil. Então é mais justo dividir a bandeira metade brasileira e metade guianês. Moro no Brasil há 15 anos, então sou praticamente brasileiro também, mas não posso esquecer minha raiz.
Fontes globoesporte.globo.com