Ex-chefe da PF no AM desafia ministros e parlamentares sobre crimes na Amazônia

MANAUS – Após a Justiça Federal do Amazonas liberar madeiras apreendidas na Operação Handroanthus, o ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas Alexandre Saraiva afirmou que servidores movidos por altruísmo travam embate com criminosos, incluindo o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Sobre a Amazônia: de um lado criminosos movidos por lucro, com ministro de Estado (MMA) e diversos parlamentares em suas fileiras com argumentos baseados no ardil e na fraude. De outro servidores públicos de vários cargos, movidos por altruísmo. A história dirá quem vencerá”, afirmou Saraiva.

A apreensão de madeira na Operação Handroanthus motivou a briga entre Saraiva e Salles. O delegado chegou a levar notícia-crime contra Salles ao STF (Supremo Tribunal Federal) por interferências indevidas no trabalho de fiscalização da Polícia Federal e por atuar na defesa de desmatadores da Amazônia.

A denúncia contra o ministro gerou a demissão de Saraiva no último dia 15 de abril. No mesmo dia, em entrevista à Globonews, Saraiva acusou Salles de defender infratores ambientais e disse que “não é todo dia que um ministro de outra pasta se arvora a promover a defesa de infratores ambientais”.

Na quarta-feira, 5, ao comemorar a decisão, Salles disse que era mentira a alegação de que ninguém havia procurado a Justiça para reaver madeiras apreendidas na operação. O ministro se referiu a declaração de Saraiva na Câmara dos Deputados de que “não apareceu dono” para mais de 70% da carga apreendida.

“Sempre fomos e continuamos sendo defensores da celeridade, devido processo legal e ampla defesa. Se estiverem errados que sejam punidos. Vejam, era mentira que ninguém tinha aparecido como dono da madeira e que não havia procurado a Justiça. Essa sentença de hoje desmente isso”, disse Salles.

Na quarta-feira, 5, Saraiva rebateu o ministro do Meio Ambiente dando um “aviso aos ladrões de terras e madeiras”. O ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas disse que “o jogo só termina quando acaba” e que “sentenças são sujeitas a recursos”, sugerindo que a Polícia Federal irá recorrer da decisão.

Diz Delegado Saraiva no seu twitter:

Aviso aos ladrões de terras e madeira: o jogo só termina quando acaba. Sentenças são sujeitas a recursos.

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Fontes amazonasatual.com.br

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