Após uma série de críticas nas sessões da Aleam às ações “assistencialistas” do governo, somente agora, 2 meses após o início da enchente, os deputados propõem uma comitiva.
Após 12 municípios decretarem situação de emergência, em virtude da cheia forte dos rios da Amazônia prevista para este ano, somente nesta semana a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) propôs o acompanhamento das localidades alagadas por meio de uma comitiva de parlamentares e da Defesa Civil.
O governo do Estado, desde o início da subida das águas, realiza ações para levar serviços emergenciais e de assistência social às comunidades. Visitas que em várias ocasiões foram criticadas pelos próprios parlamentares, devido a grande quantidade de secretários e alguns deputados da base aliada participando das ações consideradas assistencialistas.
A Assembleia chegou a convidar, no mês passado, o secretário Executivo de Ações de Proteção e de Defesa Civil, Francisco Ferreira, para interrogá-lo a fim de verificar se as ações projetadas pelo órgão estavam de acordo com a necessidade do Estado.
Defendendo a implementação da comitiva, Sinésio Campos (PT) disse que, apesar ser uma questão sazonal, a cheia ainda causa muitos prejuízos a várias cidades do interior, como no caso de Boca do Acre (a 950 km de Manaus) que está com a sua orla comprometida neste momento de vazante.
“Este é o momento que o governo precisa trabalhar de forma planejada, porque com a descida das águas, muitas estruturas ficam comprometidas, os muros de contenção construídos muitas vezes não são suficientes, parece que são feitos ‘na marra’. O povo de Boca do Acre, por exemplo, está pedindo socorro, mesmo com o repasse da Defesa Civil Nacional”, indicou.
Apesar da proposta, ainda não foram encaminhados documentos para a casa do Legislativo estadual solicitando a criação da caravana de deputados.
Fontes realtime1.com.br